Digitalização de negativos de grande formato de Fotografia aérea para a Direção Geral do Território
Durante quatro meses desenvolvemos este projeto de digitalização, que constituiu um desafio para a LUPA. Os cerca de 30.000 negativos originais em gelatina e prata datam das décadas de 1960 e 1970, requerem captura digital com resolução muito elevada, cerca de 1000 pixel para um original 25x25 cm.
A LUPA desenhou e construiu um equipamento completo para este fim, incluindo um desenrolador para bobines de grande dimensão (cada bobine contém cerca de 200 negativos 25x25 cm), que permite manter o negativo plano e estável para a captura digital.
A emissão de gases ácidos pelo suporte plástico deteriorado requereu a instalação de uma extrator de gases, junto dos rolos, que permitia ao operador trabalhar com segurança.
O trabalho foi realizado num período record de quatro meses, incluindo todas as operações de captura de imagem, nomeação de ficheiros, revelação de ficheiros raw, tratamento de imagem com recorte de margens, ajuste de contraste e brilho, verificação da posição de instrumentos e visibilidade das marcas fiduciárias e ainda o controle de qualidade de todas as imagens produzidas com inserção de metadados.
As imagens dão uma ideia da dimensão e dificuldade de realização. Estes negativos têm valor histórico, são testemunho de delimitações de propriedade, da construção de novos edifícios, importantes em casos de disputas de propriedades agrícolas. As imagens cobrem o país em diversos períodos. O seu estado de conservação é preocupante, porque os suportes plásticos de acetato de celulose estão, em alguns casos, em avançado estado de acidificação, com redução dimensional e libertação de ácido acético.
As imagens em alguns casos são esteticamente muito agradáveis e podem até ser decorativas. Planeamos neste momento colaborar com a Direção Geral do Território na produção de uma exposição com uma seleção das melhores imagens.
